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Procurador pede anulação do Enem 2011 por suposto vazamento de questões antes da prova

O procurador da República no Ceará Oscar Costa Filho irá recomendar formalmente que o MEC (Ministério da Educação) anule o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2011. Segundo o procurador, treze questões do exame aplicado no último final de semana eram cópias idênticas de perguntas que caíram em simulado de um colégio de Fortaleza. "Quando digo idêntica não é equivalência de conteúdo, é uma cópia, uma fotografia mesmo", afirmou.

Costa Filho foi procurado por estudantes que ficaram sabendo do caso em uma publicação na rede social Facebook. As fotos supostamente seriam de apostilas do Colégio Christus e foram postadas pelo perfil de Caio Cipriano. As imagens não possuem identificação do colégio aplicador e nem da data do simulado. O diretor do colégio Christus informou que até o final da tarde a instituição irá publicar uma nota oficial sobre o caso.

Segundo o UOL apurou, nove questões são realmente idênticas nas duas provas, uma tem conteúdo parecido e as outras não possuem relação com o exame. O MEC informou que já acionou a Polícia Federal para investigar o caso. Se for comprovada a fraude, os estudantes do colégio podem ser desclassificados do Exame e poderão fazer novas provas no mesmo dia que o Enem será aplicado aos presos. A direção da escola pode ser responsabilizada pelo vazamento.

Para o procurador, o fato das folhas não terem data e identificação não anula a acusação. "Isso é vazamento de conteúdo e vazamento viola a igualdade do processo e consequentemente impõe a anulação do concurso. O Inep tem que se pronunciar sobre isso. Se ele não anular o exame, nós vamos para a justiça ", disse Costa Filho.

"Dessa vez, nós não necessitamos de apuração de fatos, as provas são documentais, são constituídas e os fatos são incontroversos. A prova objetivamente foi violada, a investigação será para saber como isso aconteceu e identificar os responsáveis", afirmou o procurador.

Enem 2011
O Enem foi aplicado no último final de semana, com alguns incidentes de falha de fiscalização. Um colaborador do UOL conseguiu tirar fotos de dentro de sala de aula em Fortaleza no primeiro dia de prova, o que era proibido pelo MEC. Os fiscais não o interromperam em momento algum e o profissional estava devidamente identificado.

Também no sábado, um repórter do jornal "O Estado de São Paulo" foi convocado em frente a um local de provas na capital paulista para ser fiscal, mesmo com a presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), Malvina Tuttman, tendo prometido que os ficais seriam exaustivamente treinados.

No domingo, o jornal O Globo, em seu site, divulgou o tema da redação do Enem 2011 ("Viver em rede no século 21: os limites entre o público e o privado") às 13h59. Um repórter do jornal conseguiu burlar a segurança do exame e enviar o tema para a redação por meio de torpedo. Questionado, o MEC (Ministério da Educação) afirmou que o fato não configura quebra de sigilo da prova, uma vez que o tema foi divulgado depois de o início da mesma. Para o MEC, o fato não configura falha na segurança.

Houve, também, casos de alunos que foram retirados de sala por estarem tuitando: oito no sábado, três no domingo.

Fonte: UOL Notícias

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